Antônio de Umburana x Sebastião Pereira

Começou em São Francisco

No meu querido sertão

Foi numa mesa de bar

Que houve a discussão

De Antônio de Umburana

Com Sinhô Pereira então

Tava também seu irmão

Chamado Zé de Umburana

Ele junto com Antônio

Estavam tomando cana

Começou naquele dia

E demorou muita semana

Um dia O Umburana

Veio para o lugar que nasceu

E Sebastião Pereira

Perguntou ao primo meu

Se o que disse retirar

Não, pode me matar

Foi  sangrado e morreu.

Continuo Procurando a Paz

Eu já de Cabeça grossa 
andei para ver se via 
aquela paz que eu queria 
na humildade da roça.
quando entrei numa palhoça 
de um pobre agricultor,
ele me disse: Cantador 
A paz daqui foi embora 
e no lugar dela agora 
tem doença, fome e dor.

Para ser advogado.

(para Fernanda Torres e Paula Torres).

Para ser advogado
Não precisa andar direito
Acusa quem tem razão
Defende quem tem defeito
E assim ta o Brasil
Levando tudo nos peitos

Solta quem não tem mais jeito
Nesta querida nação
Tudo que é político corrupto
Cabra safado e ladrão
E quem ta vendo meu verso agora
Pois me dar toda razão

É irmão contra irmão
Eu digo com claridade
Tem muito no meu Brasil
Abuso de autoridade
E o povo de Mirandiba 
Sabe eu digo a verdade.

Desabafo do jumento

Eu também carreguei água
Pra construção de parede
Enquanto o patrão dormia
Descansando em sua rede
Mais á minha maior mágoa
Foi ter carregado água
Eu me lascando de sede

Morena linda

Eu fiz essa poesia em Floresta do Navio para uma moça na festa do Padroeiro Jesus no ano de 1993

Faz tempo que eu não vejo
uma morena linda assim
embora estando cansado 
ainda estou longe do fim 
ai que sorte eu teria 
se essa morena um dia 
gostasse muito de mim

Nóis ia viver assim 
nas fazendas do sertão 
tomando banho no rio 
festejando são João 
trabalhando no roçado 
tirando leite de gado 
e fazendo muito Cancão.

A Aurora

Quando vem rompendo A Aurora 
na floresta cai o orvalho 
contemplando a Caatinga
sai o pássaro do agasalho 
Cantando linda canção 
Para a família Carvalho.